Estudo publicado no “American Journal of Obstetrics & Gynecology”
Investigadores americanos asseguram que se pode prever 80% dos partos prematuros durante o segundo trimestre de gravidez através de uma simples análise ao sangue, sugere um estudo publicado no “American Journal of Obstetrics & Gynecology”.
De acordo com os autores do estudo, 10% dos bebés nasce prematuramente e, até à data, existem poucas pistas que indiquem se o parto vai ser ou não de termo.
Um dos autores do estudo, Steven Graves, explicou num comunicado enviado à imprensa que a equipa de investigadores tem focado a sua pesquisa na identificação de moléculas que possam estar presentes no sangue materno “para verificar se podemos identificar péptidos ou pequenas proteínas que estejam presentes em diferentes níveis nas mulheres que vão desenvolver este tipo de complicações.”
Ao fim de nove anos de pesquisa, os investigadores da Brigham Young University, nos EUA, conseguiram identificar três novos biomarcadores peptídicos que, em conjunto com outras proteínas, podem prever o risco de parto pré-termo. Para este estudo, os investigadores testaram o seu novo método em amostras de sangue retiradas, durante a 24ª semana de gestação, a 80 mulheres com parto de termo e a outras 80 mulheres que tinham tido parto prematuro.
“O facto de se saber que o parto vai ser prematuro e se o podermos atrasar uma ou duas semanas, poderá exercer um grande impacto sobre o número de bebés que vão sobreviver e garantir que os que sobrevivem são saudáveis”, explica o líder do estudo Sean Esplin. O investigador acrescentou que “uma única intervenção poderá causar um grande impacto”.
Por outro lado, o facto de uma mulher saber que está sob risco de parto pré-termo, poderá ajudá-la a tomar decisões mais conscientes relativamente a fazer ou não viagens e também saber o nível de actividade física que pode praticar. Sean Esplin dá conta que existe um tratamento hormonal que pode ajudar a manter o bebé na barriga da mãe por mais algum tempo.
Antonio Frias, professor de medicina materno-fetal da Oregon Health & Science University, conclui assim que este teste “poderá melhorar consideravelmente a nossa capacidade de identificar as mães que estão sob risco de parto pré-termo.”
O teste, que foi patenteado pela Brigham Young University e pela University of Utah, poderá estar no mercado no primeiro semestre de 2012.
ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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