Quatro em cada dez portugueses estão expostos a níveis demasiado elevados de ruído ambiente, defendeu um especialista, citado pela agência Lusa, referindo ser prejudicial para a saúde, ouvir continuamente barulho do tráfego ou de máquinas, mas também música alta nas discotecas e nos auscultadores.
"De um ponto de vista médio, podemos dizer que cerca de 40% da população está exposta a níveis de ruído ambiente não considerados adequados para a saúde, durante o período diurno. Durante o período nocturno, será da ordem dos 30 a 35%", especificou à Lusa, Jorge Patrício, presidente da Sociedade Portuguesa de Acústica.
A exposição ao ruído ambiente deriva fundamentalmente das vias de tráfego ferroviário, aéreo e rodoviário, mas o presidente da Sociedade Portuguesa de Acústica apontou que há outro tipo de ruído "incomodativo", como o funcionamento dos bares e cafés, principalmente à noite, ou o ruído nos locais de trabalho. "As pessoas, quando estão expostas a determinado nível de ruído que se torna incomodativo e que é agressivo, sentem-se irritadas e isso vai perturbar a sua dinâmica funcional", salientou à agência Lusa Jorge Patrício.
Além do aumento da irritabilidade e da perda de audição, as consequências para a saúde passam também por perturbações do sono e, "eventualmente", questões de natureza cardíaca, segundo o especialista. O especialista aponta ainda as situações em que os jovens estão expostos a ruídos de elevada intensidade, como nas discotecas, nos concertos ou com o uso contínuo de auscultadores, o que com repetição ao longo do tempo, pode originar uma perda de audição.
ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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